Reflexões (página 03)

Que bom que os irmãos vivam em união
(Salmo 133)

Esta expressão podemos entender como magna, considerando a profundidade do seu conteúdo. Talvez, seja um chamamento sutil, mas profundo, no sentido de que nos avoca, chama, conclama, a manifestar, a expressar o ideal da fraternidade. Deveríamos estar cônscios de alguns pressupostos básicos do tipo: Nossa vida aqui neste planeta não é eterna, isto é óbvio, todavia parece que esquecemos.

Há algum tempo atrás, meditando sobre esta aparente descontinuidade nesta forma de vida, entendi algo poderia ser feito, e assim imaginei uma frase poderia alertar, sinalizar para outrem nossa forma de pensar e agir, que de tal sorte eventualmente pudesse contribuir de algum modo para uma visão diferente da vida.

Em minha mensagem de apresentação num programa de conversação chamado MSN, passei a constar o seguinte: “Estamos de passagem, portanto façamos o melhor”. Curiosamente algumas pessoas gostaram. Tal frase está convertida para a língua inglesa, e o próprio site, a exibe assim: “We are passing by,so let´s do the best we can”.

Até parece que ao se criar a expressão em epígrafe, antes de sua manifestação literal, agora potencializada na forma conhecida, “que os irmãos vivam em união”, imagino tenha existido em estado latente, não manifestado. Em algum momento existiu em estado potencial, e tal energia transmutou-se, foi colocada em texto, publicizando algo muito importante.

Poderíamos pensar: Seria bom que todos vivessem em união? Isto é senão impossível pelo menos no estágio em que a humanidade se encontra, muito difícil. O fator educação, certamente pode contribuir significativamente para diminuir as distâncias objetivando possa um dia a humanidade atingir este nível.

Fazendo uma leitura rápida da história da humanidade não podemos esquecer o papel representado pelas religiões e posteriormente pela filosofia. Foram e são fundamentais para a aceitação e compreensão do ser humano. Na história universal, sabemos que para haver o assentamento das religiões, houve muitas guerras, desde antes de Cristo até os nossos dias.

No processo de maturidade dos homens, a humanidade vem se desenvolvendo, todavia não basta viver em sociedade, isto é uma verdade, mas ainda temos muito a avançar, e ao viver em união, a vida toma para si, mais qualidade de vida. Quando vivemos em união, M .: I .: C .: T .: M .: R .:, e o ideal de fraternidade igualdade e liberdade passa do estágio potencial e se cristaliza.

Será que algo sutil não aparece tipo meio subliminar? Refiro-me a um dado comportamento específico, denotando, sem mesmo falar algo que é comum a todos. Seria o que? Alguns perguntarão! Dar para ser mais enfático? Outros dirão, não, nem é preciso, já percebi. E o que é que o Irmão percebeu? Foi a forma de comportamento mostrando sem querer mostrar, dizendo sem querer dizer, ou seja, simplesmente, “sendo”. Sendo? Como assim? Sim, sendo, o ser se manifestando simplesmente.

Quando simplesmente somos, não precisamos de adereços, títulos, impostação, simplesmente transparece. Simplesmente, Irmãos. É como que algo mágico esteja ocorrendo, ou então se utilizando de um símbolo, cujo significado alguém perceba.

Mas seria isto, do tipo “uma palavra de passe”? Bom, para os não iniciados seria uma exigência pertinente, todavia para aqueles que já detêm o comportamento, a palavra de passe seria apenas uma confirmação do fato, esperado ou imaginado. Extrapolando a idéia para um outro plano, digamos o astral, surge uma pergunta: “E quando estivermos no Oriente Eterno”,– supondo exista algo parecido – qual será a palavra de passe que nos será exigida para abrigar nosso espírito lá em outra esfera?

Poderia ser uma palavra sintetizada em sua vida, em minha vida, na vida de cada um de nós, do tipo: O que você fez lá naquele tempo que lhe foi concedido? Ah, entendi, afinal, e quiçá possamos dizer: “Que bom que os irmãos vivam em união”, notemos não a frase em si, mas tudo o que está por traz desse conteúdo maravilhoso que com poucas palavras tentei ousadamente dizer.

Orlando L.Vilar - Loja Mal. Floriano Peixoto, n° 12.