A Maçonaria e a Igreja Católica*
O Código de Direito Canônico da Igreja Católica foi reformado pelo Papa João Paulo II (o papa ecumênico), em 25/01/1983, no quinto ano do seu Pontificado. Vários cânones do antigo Código foram excluídos e outros foram reformados (melhor: atualizados), em face da modernidade dos fatos sociais e da moralidade dos fatos religiosos que surgiram no decorrer dos tempos. Aliás, essas mudanças na Constituição Apostólica já eram previstas desde o Concílio Vaticano II, porque o Papa João Paulo II, ao assumir seu Pontificado, de logo, adotou para si os nomes de dois notáveis Papas que o antecederam e que deixaram “pegadas” marcantes em sua vida e na Igreja de Cristo. Ele adotou para si os nomes de João (XXIII) e de Paulo (VI), que lhe consagrou Cardeal. Isso sem falar na homenagem que ele prestou ao seu predecessor João Paulo I, que morreu, prematuramente. Aliás, é comum reconhecer que quando morre um Papa ou um Bispo, esse fato deixa profundas lamentações no âmbito da sua Igreja, mas, com a morte de João XXIII, de Paulo VI, de João Paulo I e de João Paulo II, esse acontecimento fez chorar o mundo inteiro, pois eles foram circundados pela simpatia, pelo carisma, pela humildade e pelo afeto da humanidade. Todos nós, católicos e não católicos, choramos a morte de João XXIII, de Paulo VI, de João Paulo I e de João Paulo II, verdadeiramente, homens cristãos e ecumênicos.
No Código Canônico (do ano de 1917), o cânon 2335 citava a Maçonaria, como uma sociedade secreta que maquinava e conspirava contra a Igreja. Mas, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, em 14/07/1974, decidiu orientar as Conferências Episcopais do mundo de que este “Cânon” só se aplicava unicamente aos católicos que se inscrevesse em associações que, de fato, maquinam contra a Igreja. Esse fato não se aplica à Maçonaria. Por isso, o papa João Paulo II revogou o cânon 2335 e introduziu o cânon 1374 que diz: “Quem se inscreve em alguma associação que maquina contra a Igreja seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações seja punido com interdito”. Essa alteração no Novo Código Canônico (promulgado em 1983), retira a discriminação feita a Maçonaria, em virtude de não poder se adotar uma normal geral, ampla e comum, para a multiplicidade de sociedades secretas existentes no mundo, com fins e filosofias diferentes umas das outras.
Quanto a isso, Dom Estevão Bettencourt (monge beneditino, exegeta e teólogo, que faleceu em 14/04/2008, aos 89 anos), escreveu: “Quanto aos católicos que ainda não pertencem à Maçonaria e nela desejam entrar, para que o passam fazer de consciência tranqüila, procurem previamente certificar-se dos rumos filosóficos adotados pela Loja a que se candidatam. Procurem chegar à possível clareza, usando de sinceridade para consigo mesmos, para com a Igreja e para com Deus. Se se torna evidente que em tal Loja não há intenções anticatólicas, entrem...” (in Pergunte e responderemos. Ano VII, nº 195 – Março de 1976, p. 41). Pensemos nisso! Por hoje é só.
________________ Ir.: Everaldo Damião é Mestre Maçom Instalado, Grau 33º - advogado, jornalista e membro da Academia Maçônica de Letras de Alagoas.
A São João da Escócia N° 22 surgiu da necessidade de ter uma Loja que funcionasse aos sábados, contemplando as necessidades dos irmãos universitários sem disponibilidade para reuniões durante a semana. No início eram apenas oito irmãos e para aumentar o quadro contamos com o apoio de outras Oficinas como Amor e Justiça Nº 2, Marechal Floriano Peixoto Nº 12 e Odilo Álvares de Sousa Nº 29. Durante esses dois anos fizemos cinco filiações, cinco transferências, 24 iniciações, 13 elevações e dez exaltações; tivemos poucas baixas e hoje somos 31 irmãos no nosso quadro, dos quais, 13 universitários, três concluíram o curso superior já depois de iniciados, e temos também dez Demolay's, prova de que estamos desempenhando o papel ao qual nos propomos. Mas nosso sonho não seria concretizado sem o apoio de muitos irmãos, nos quais destaco: Ir.: José Marcos Theotonio, Venerável Mestre da Floriano Peixoto, por estar conosco desde o início das atividades, e o Sereníssimo Grão-Mestre Ivanildo Marinho Guedes, pela confiança depositada. Terminamos o nosso mandato na certeza do dever cumprido, tentamos de todas as formas fazer o melhor possível, se não o fizemos não foi por falta de vontade. Estamos passando o primeiro malhete para o nosso irmão Jorge Correia dos Santos Filho, desejando uma administração brilhante, e apoio incondicional. Desejo também a todos os irmãos e seus familiares um Natal e um Ano Novo repleto de PAZ, SAÚDE E REALIZAÇÕES, que o Grande Arquiteto do Universo os Ilumine e Guarde.
_____Ir.: Marcondes Feitosa, Venerável Mestre.
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